“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”. (Eclesiástes 4:9-12)
Muitos jovens se relacionam embalados pela paixão, principalmente quando passam a ter intimidades. Ficam presos ou ligados um ao outro pela dependência física e, assim, chegam ao casamento sem nenhuma estrutura.
O que deve levar um homem ou uma mulher a se unirem é o verdadeiro amor, que se constitui no alicerce do casamento.
Em se tratando de amor, nossa inspiração deve estar fundamentada naquele que é o próprio amor – Deus. Ele é a fonte na qual buscamos esse óleo precioso, essência de suave fragrância que traz unção, perfume e beleza à vida a dois. Precisamos aplicar nosso coração ao conhecimento e ao aperfeiçoamento desse amor; aperfeiçoamento no que diz respeito à sua experimentação, pois o amor é perfeito em si mesmo.
O amor é algo que transcende os compartimentos das emoções, alcançando o espírito do homem e gerando motivação para atitudes práticas.
O amor não é apenas um sentimento que fica à espera de emoções. Partindo do princípio de que o amor é um mandamento do Senhor (Jo 15:12), precisamos nos dispor a amar, escolhendo amar o outro.
O amor nos dá a capacidade de dar-se um ao outro. Por muitas vezes, no cotidiano familiar, o amor veste a roupagem do sofrimento, num desejo incontido de ver o outro feliz.
No casamento, com o tempo, vamos conhecendo melhor um ao outro. E o verdadeiro amor nos ajuda a aceitar aquilo que não nos agrada. Ninguém é perfeito e certamente um cônjuge vai encontrar no outro algo que discorda, mas o amor o ajudará a entender e aceitar seu companheiro.
O amor de Deus tem como base o compromisso estabelecido conosco, mediante o sacrifício de seu Filho na cruz do Calvário. Deus é um Deus de alianças. Atualmente, muitos casamentos se desfazem por irresponsabilidade dos cônjuges, que tratam de maneira leviana o compromisso assumido diante de Deus e dos homens. Esse compromisso se completa no pacto de sangue, através do ato sexual, quando se tornam uma só carne. É preciso lembrar-nos deste compromisso para que possamos ser renovados em Deus para continuar firmes no propósito do casamento.
O amor que demonstra respeito, de forma que um cônjuge resguarde o outro, honrando-o, é fundamental para qualquer relacionamento. Assim como também, o amor descrito em Eclesiastes, capítulo 4, versos de 9 (citação inicial do texto) também se faz necessário para que o amor nunca acabe. É preciso que os cônjuges sejam companheiros em tudo e se motivem a caminhar em direção ao alvo. E este sim será um casamento sólido fortalecido pela terceira dobra que deve ser Jesus. É a presença de Jesus em nossas vidas que nos ajuda a caminhar em amor e a viver em comunhão com nosso cônjuge.
Estejam atentos também, maridos e esposas, aos desejos de seus companheiros. Alguns se satisfazem com presentes, outros com doces palavras, outros com um bom papo no sofá e outros apenas com uma bela mesa de jantar posta. Cada um de nós é um ser único e diferente. Cada um de nós tem sua forma de amar e de receber amor. Precisamos estar atentos aos nossos limites e ao do outro e também à essência de nosso cônjuge. Sempre vale a pena um esforço para agradar a quem se ama. Se tiver alguma dificuldade, recorra à terceira dobra do cordão: Jesus sempre está disponível a nos ensinar a amar.
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