“É da vontade do Criador que o casal seja bem-sucedido nas suas relações íntimas” – Pra. Iara Diniz.
Por mais que tentemos, não conseguimos separar causa e efeito. Se a vida sexual do casal está equilibrada, as demais áreas prosseguem de maneira satisfatória. Por outro lado, se as coisas não vão bem na comunicação, nas finanças, na vida espiritual etc., sem dúvida nenhuma refletirão negativamente no relacionamento íntimo. Isso prova que não é possível separar uma coisa da outra. O casamento ideal é aquele que busca o equilíbrio, o aperfeiçoamento e o crescimento das relações como um todo. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou. (Gn 1.27.) Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom (Gn 1.31). Homem e mulher, com a atração natural que deve haver entre um e outro, são algo que Deus viu que era muito bom. O relacionamento sexual dentro do casamento é bonito, puro e agradável a Deus. É da vontade do Criador que o casal seja bem-sucedido nas suas relações íntimas.
Para isso, é preciso que se estabeleça um clima de respeito mútuo, consideração, valorização e uma comunicação bastante aberta em torno do assunto. Muitos casais apresentam dificuldades em dialogar sobre o relacionamento sexual. Em parte, essa dificuldade é uma herança proveniente de alguns conceitos errados. Por exemplo: “Sexo é pecado”; “Sexo é apenas para a procriação”. O sexo só é pecado quando praticado fora do casamento ou inspirado nas disfunções propagadas pelo mercado sujo do sexo deste nosso tempo. O diabo trabalha sempre em cima de extremos. Até a década de 1950, ele trabalhou no extremo de que tudo era pecado. Os pais não conversavam com os filhos a respeito de sexo. Às esposas, não era permitido o direito de sentir prazer, pois julgavam o ato apenas como fonte de procriação. Esta era uma doutrina enfatizada pela igreja católica, como segmento de um falso puritanismo. Filhos cheios de medo e revolta, esposas oprimidas e infelizes, maridos infiéis que buscavam satisfazer suas fantasias sexuais nos prostíbulos.
Com a revolução social dos anos 60, as pessoas passaram a descortinar o outro extremo: “tudo é permitido desde que você se satisfaça”. Esta foi a geração do “paz e amor”: sexo livre, drogas, relacionamentos sem compromisso. Trinta anos depois, temos o homossexualismo, o lesbianismo, os filhos chamados de produção independente, o aborto, o adultério e o divórcio sendo encarados e praticados com uma boa dose de orgulho. Tanto num extremo quanto no outro, o objetivo daquele que se opõe à prática do bem é um só: destruir a família. A Bíblia, que é a Palavra do inventor do sexo, apresenta o equilíbrio, que traz segurança e realização ao homem. Precisamos, portanto, conhecer o que a Bíblia fala sobre sexo, pois ainda que ela não apresente explicitamente respostas a todos os questionamentos, temos, entretanto, com clareza, princípios gerais de vida que devem pontilhar nossa estrada conjugal.
Pra. Iara Diniz
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